1 - Third Immortal
2 - Exile The Daystar
3 - The Great Gathering
4 - Guardians
5 - The Voice Of The Fallen
6 - Daughter Of The Sun
7 - Green Dragon
8 - Awakening
9 - Epic Dreams
10 - Moontower
11 - The Star Of High Hope
E, finalmente, chegamos ao fim da nossa jornada através da discografia dos Battlelore, com o seu mais recente lançamento, intitulado The Last Alliance. Após um mês inteiramente dedicado à banda e, sobretudo, às duas Senhoras do Metal que a compõem, nada do que eu possa escrever nesta última review vai ser uma novidade para os nossos leitores… bem, quase nada, porque após um lançamento tão atípico como o Evernight [2007], estes finlandeses ainda conseguem surpreender-nos.
E, desta vez, a questão que se impõe é: volvidos quase dez anos de carreira, e cinco trabalhos de estúdio, o que é que os Battlelore nos trazem de novo? Resposta: nada… ou quase nada. Em The Last Alliance o colectivo limitou-se a adaptar as mesmas fórmulas que utilizou em trabalhos anteriores: os contrastes vocais, os teclados proeminentes, influências folk. Boas/Más (riscar uma das opções) notícias: depois de um Evernight a negro e cinzento, os Battlelore estão mais épicos do que nunca. Boas notícias (e estas são realmente boas): maior variação rítmica, vocalizações mais diversificadas com a inclusão de algumas vozes limpas. E as (inevitáveis) más notícias: as guitarras voltaram a ocupar o seu lugar no background. Teclados ao poder!... pelo menos na maioria das faixas porque – eu avisei que havia surpresas! – temos algumas felizes excepções.
Third Immortal é um bom tema de abertura, que remete para os tempos de Third Age of the Sun [2005], com os teclados e a voz de Kaisa a comandar, e um refrão catchy. Por outro lado, Exile the Daystar revisita a melancolia de Evernight, com Kaisa a recuperar o seu tom mais suave e expressivo. É aqui que as vocalizações limpas fazem a sua primeira de muitas aparições. Após esta visita ao passado, seguem-se dois temas de peso na verdadeira acepção da palavra: The Great Gathering e Guardians são, talvez, as composições mais pesadas e intensas da discografia recente dos Battlelore. Tomi assume o comando em ambas as faixas, com Kaisa limitada aos refrões e a alguns apontamentos vocais. As guitarras são poderosas com riffs eficazes, e a intensidade alcança as proporções do… pedal duplo. Eu não disse que os Battlelore ainda eram, apesar de tudo, capazes de nos surpreender?
Um dos grandes temas, que merece o seu devido destaque, é Daughter of the Sun, no qual os Battlelore têm um daqueles rasgos de genialidade que me fazem ter esperança no futuro deste colectivo. Começa como uma balada e vai-se desenvolvendo num crescendo, até Kaisa ceder lugar aos guturais de Tomi, os teclados às guitarras rasgadas. Momentos de calmaria intercalam-se com outros tempestuosos, vozes masculinas limpas, femininas e guturais entrelaçam-se, teclados e guitarras lutam pela supremacia, até ao clímax final.
Após este grande momento, os Battlelore voltam a repetir-se até à exaustão e, a partir daqui, ficamos com aquela sensação um tanto amarga de “já ouvimos isto antes, não ouvimos?”. Uma vez mais, é preciso frisar: estes senhores e senhoras são bons naquilo que fazem, mas estão a reutilizar as fórmulas dos seus nove anos de carreira.
Felizmente, brindam-nos com outro grande momento na última faixa, The Star of High Hope que, tal como Exile of Daystar, revisita os tempos de Evernight. Voltamos a ter o prazer de escutar a flauta de Maria e algumas passagens acústicas, no tema mais atmosférico do álbum.
Os Battlelore são uma banda com potencial, mas parece que existe uma barreira que os impede de ascender a uma patamar criativo superior. Embora sejam talentosos – como eu tenho vindo a enfatizar ao longo desta ronda de reviews – estão presos a receitas gastas e a uma certa mediocridade, como se temessem atingir todo o seu potencial. Creio que neste momento da sua carreira se encontram numa encruzilhada: ou continuam a reciclar ideias do passado e se perdem entre as centenas de bandas do mesmo estilo, ou arriscam um álbum surpreendente, como fizeram em Evernight. Porque este The Last Alliance é – apesar de alguns momentos de brilhantismo – mais do mesmo.
E, desta vez, a questão que se impõe é: volvidos quase dez anos de carreira, e cinco trabalhos de estúdio, o que é que os Battlelore nos trazem de novo? Resposta: nada… ou quase nada. Em The Last Alliance o colectivo limitou-se a adaptar as mesmas fórmulas que utilizou em trabalhos anteriores: os contrastes vocais, os teclados proeminentes, influências folk. Boas/Más (riscar uma das opções) notícias: depois de um Evernight a negro e cinzento, os Battlelore estão mais épicos do que nunca. Boas notícias (e estas são realmente boas): maior variação rítmica, vocalizações mais diversificadas com a inclusão de algumas vozes limpas. E as (inevitáveis) más notícias: as guitarras voltaram a ocupar o seu lugar no background. Teclados ao poder!... pelo menos na maioria das faixas porque – eu avisei que havia surpresas! – temos algumas felizes excepções.
Third Immortal é um bom tema de abertura, que remete para os tempos de Third Age of the Sun [2005], com os teclados e a voz de Kaisa a comandar, e um refrão catchy. Por outro lado, Exile the Daystar revisita a melancolia de Evernight, com Kaisa a recuperar o seu tom mais suave e expressivo. É aqui que as vocalizações limpas fazem a sua primeira de muitas aparições. Após esta visita ao passado, seguem-se dois temas de peso na verdadeira acepção da palavra: The Great Gathering e Guardians são, talvez, as composições mais pesadas e intensas da discografia recente dos Battlelore. Tomi assume o comando em ambas as faixas, com Kaisa limitada aos refrões e a alguns apontamentos vocais. As guitarras são poderosas com riffs eficazes, e a intensidade alcança as proporções do… pedal duplo. Eu não disse que os Battlelore ainda eram, apesar de tudo, capazes de nos surpreender?
Um dos grandes temas, que merece o seu devido destaque, é Daughter of the Sun, no qual os Battlelore têm um daqueles rasgos de genialidade que me fazem ter esperança no futuro deste colectivo. Começa como uma balada e vai-se desenvolvendo num crescendo, até Kaisa ceder lugar aos guturais de Tomi, os teclados às guitarras rasgadas. Momentos de calmaria intercalam-se com outros tempestuosos, vozes masculinas limpas, femininas e guturais entrelaçam-se, teclados e guitarras lutam pela supremacia, até ao clímax final.
Após este grande momento, os Battlelore voltam a repetir-se até à exaustão e, a partir daqui, ficamos com aquela sensação um tanto amarga de “já ouvimos isto antes, não ouvimos?”. Uma vez mais, é preciso frisar: estes senhores e senhoras são bons naquilo que fazem, mas estão a reutilizar as fórmulas dos seus nove anos de carreira.
Felizmente, brindam-nos com outro grande momento na última faixa, The Star of High Hope que, tal como Exile of Daystar, revisita os tempos de Evernight. Voltamos a ter o prazer de escutar a flauta de Maria e algumas passagens acústicas, no tema mais atmosférico do álbum.
Os Battlelore são uma banda com potencial, mas parece que existe uma barreira que os impede de ascender a uma patamar criativo superior. Embora sejam talentosos – como eu tenho vindo a enfatizar ao longo desta ronda de reviews – estão presos a receitas gastas e a uma certa mediocridade, como se temessem atingir todo o seu potencial. Creio que neste momento da sua carreira se encontram numa encruzilhada: ou continuam a reciclar ideias do passado e se perdem entre as centenas de bandas do mesmo estilo, ou arriscam um álbum surpreendente, como fizeram em Evernight. Porque este The Last Alliance é – apesar de alguns momentos de brilhantismo – mais do mesmo.
Destaques: The Third Immortal, Exile the Daystar, The Great Gathering, Daughter of the Sun, The Star of High Hope
Cláudia Rocha, Lua Crescente
15.3 valores em 20
Line-up: Kaisa Jouhki (voz), Maria (teclados e flauta), Henri Vahvanen (bateria), Jussi Rautio (guitarra), Jyri Vahvanen (guitarra), Timo Honkanen (baixo), Tomi Mykkänen (voz)
Site Oficial
Myspace
Sem comentários:
Enviar um comentário