Ora boa noite caros leitores e bem vindos a mais um editorial do Senhoras do Metal!
Chegou Setembro, mais um mês pela frente, um mês de regressos e começos para alguns. Como nós aqui na redacção não queremos que vos falte nada, para vos ajudar a manter a boa disposição, coisa que por vezes é difícil devido a motivos alheios à nossa vontade, este mês teremos algo diferente e contamos também com algumas surpresas que esperemos de todo que seja do vosso agrado.
No entanto, como não podemos revelar tudo, vamos deixar um pouco o mistério no ar e dar seguimento ao assunto do nosso editorial.
Fui confrontada há poucas semanas, corro o risco de dizer quase dois meses, com uma situação bastante incómoda. Estava a navegar através do site da amazon na zona da música, mais propriamente na secção do metal, quando saltou algo à vista. Por norma costumo dar bastante atenção às capas dos álbuns, todo o design envolvido etodo o conceito. Confesso que já é tique de quem trabalha ou estuda na área, neste caso infelizmente, não posso dizer que o que me tinha saltado à vista foi isso mas sim a imagem que tinha sido utilizada.
A princípio acabei por não ligar muito apesar da imagem nunca me ter saído da mente, eu sabia que já tinha visto em qualquer sítio. Uns dias mais tarde voltei a rever a mesma capa, já no site oficial da própria banda e tentei informar-me mais sobre o autor. Não encontrei o dito senhor ou a dita senhora mas lembrei-me de onde tinha visto a fotografia original. Entrei na respectiva galeria da artista (a autora da foto), na esperança de ler qualquer coisa do assunto. Como à superfície não encontrei nada, e algo me dizia que a mesma foto não tinha sido utilizada com respectivo consentimento (devido a outras histórias), tentei ir mais a fundo e entrar na página da própria fotografia, quando não é o meu espanto vejo inúmeros avisos e comentários em relação ao mesmo assunto e vejo que a resposta é sempre a mesma…ou seja, realmente não tinha havido qualquer consentimento ou cedência de direitos para a utilização da fotografia na construção da própria capa e de todo o artwork envolvente.
Sendo culpa ou não da banda, coisa que duvido, pois pelo que também me tenho informado quem fica a cargo de todo este tipo de projecto é o designer escolhido pela parte ‘falante’ da banda ou alguém integrante da mesma. Há alguns casos (de sorte) em que o próprio designer tem oportunidade de falar com a respectiva banda para poder trabalhar mais à vontade e captar a própria essência do grupo e das músicas. No entanto, apesar desta história toda quem vai ficar mais prejudicado neste assunto será a própria banda…pois é o nome desta que vai saltar à vista na capa e vai ser o alvo de quem aponta o dedo (erradamente!).
Antes de ter ‘tropeçado’ neste problema, já esta questão pairava na minha mente…até que ponto o limite é o próprio limite?
Eu confesso que dou extrema importância aos artworks dos álbuns, critico muitas vezes o trabalho de grandes designers, ponho defeitos e posso até mesmo embirrar definitivamente com alguns. Isto porque, por vezes a imagem que sai para o mercado, mais concretamente para as prateleiras de lojas de músicas ou até mesmo de lojas on-line, é a primeira coisa que salta à vista ainda sem conhecer a banda…É como se fosse o ponto-chave que nos guia até lá e nos faz procurar mais informação, (depois acontece alguns casos em que o conteúdo não é tão bom como o exterior, mas isso já fica para outra conversa). Como tal, sendo algo de peso para a carreira de alguém, acho uma tremenda falta de respeito e de integridade moral prejudicar algo ou alguém (porque também não é só a própria banda que fica prejudicada) com este tipo de trabalho, que apesar de até ter ficado um bom trabalho, desce a pique na escala.
Compreendo que o desejo de aparecer nas ditas prateleiras associados a nomes grandes é o desejo de muitos. Mas queremos realmente aparecer de uma forma desonesta e transformar um bom trabalho num mau trabalho?
Para quem está com curiosidade ou gostava de saber qual o trabalho que me refiro, deixo aqui o link -> Artwork
Nota: Infelizmente deparo-me com este tipo de situações todos os dias, vejo bons artistas a serem roubados, trabalhos a serem falsificados e não é só no mundo da música que isto acontece. São situações desgastantes a nível psicológico e por vezes a nível financeiro, pois os custos de pagar um bom advogado para dar a volta ao mundo connosco e processar todos os que cometem este tipo de crime (sim, porque é um crime) é demasiado dispendioso e nem todos têm possibilidades para tal. O que acontece nestes casos, é um ‘deixa andar’ e a situação acaba por não ficar resolvida…mas o peso cá dentro…esse não desaparece.
Por isso deixo algo para quem quiser reflectir ou para quem já passou por situações idênticas, sejam do mundo da música ou de qualquer outro mundo.
Será muito pedir um pouco de respeito?
Chegou Setembro, mais um mês pela frente, um mês de regressos e começos para alguns. Como nós aqui na redacção não queremos que vos falte nada, para vos ajudar a manter a boa disposição, coisa que por vezes é difícil devido a motivos alheios à nossa vontade, este mês teremos algo diferente e contamos também com algumas surpresas que esperemos de todo que seja do vosso agrado.
No entanto, como não podemos revelar tudo, vamos deixar um pouco o mistério no ar e dar seguimento ao assunto do nosso editorial.
Fui confrontada há poucas semanas, corro o risco de dizer quase dois meses, com uma situação bastante incómoda. Estava a navegar através do site da amazon na zona da música, mais propriamente na secção do metal, quando saltou algo à vista. Por norma costumo dar bastante atenção às capas dos álbuns, todo o design envolvido etodo o conceito. Confesso que já é tique de quem trabalha ou estuda na área, neste caso infelizmente, não posso dizer que o que me tinha saltado à vista foi isso mas sim a imagem que tinha sido utilizada.
A princípio acabei por não ligar muito apesar da imagem nunca me ter saído da mente, eu sabia que já tinha visto em qualquer sítio. Uns dias mais tarde voltei a rever a mesma capa, já no site oficial da própria banda e tentei informar-me mais sobre o autor. Não encontrei o dito senhor ou a dita senhora mas lembrei-me de onde tinha visto a fotografia original. Entrei na respectiva galeria da artista (a autora da foto), na esperança de ler qualquer coisa do assunto. Como à superfície não encontrei nada, e algo me dizia que a mesma foto não tinha sido utilizada com respectivo consentimento (devido a outras histórias), tentei ir mais a fundo e entrar na página da própria fotografia, quando não é o meu espanto vejo inúmeros avisos e comentários em relação ao mesmo assunto e vejo que a resposta é sempre a mesma…ou seja, realmente não tinha havido qualquer consentimento ou cedência de direitos para a utilização da fotografia na construção da própria capa e de todo o artwork envolvente.
Sendo culpa ou não da banda, coisa que duvido, pois pelo que também me tenho informado quem fica a cargo de todo este tipo de projecto é o designer escolhido pela parte ‘falante’ da banda ou alguém integrante da mesma. Há alguns casos (de sorte) em que o próprio designer tem oportunidade de falar com a respectiva banda para poder trabalhar mais à vontade e captar a própria essência do grupo e das músicas. No entanto, apesar desta história toda quem vai ficar mais prejudicado neste assunto será a própria banda…pois é o nome desta que vai saltar à vista na capa e vai ser o alvo de quem aponta o dedo (erradamente!).
Antes de ter ‘tropeçado’ neste problema, já esta questão pairava na minha mente…até que ponto o limite é o próprio limite?
Eu confesso que dou extrema importância aos artworks dos álbuns, critico muitas vezes o trabalho de grandes designers, ponho defeitos e posso até mesmo embirrar definitivamente com alguns. Isto porque, por vezes a imagem que sai para o mercado, mais concretamente para as prateleiras de lojas de músicas ou até mesmo de lojas on-line, é a primeira coisa que salta à vista ainda sem conhecer a banda…É como se fosse o ponto-chave que nos guia até lá e nos faz procurar mais informação, (depois acontece alguns casos em que o conteúdo não é tão bom como o exterior, mas isso já fica para outra conversa). Como tal, sendo algo de peso para a carreira de alguém, acho uma tremenda falta de respeito e de integridade moral prejudicar algo ou alguém (porque também não é só a própria banda que fica prejudicada) com este tipo de trabalho, que apesar de até ter ficado um bom trabalho, desce a pique na escala.
Compreendo que o desejo de aparecer nas ditas prateleiras associados a nomes grandes é o desejo de muitos. Mas queremos realmente aparecer de uma forma desonesta e transformar um bom trabalho num mau trabalho?
Para quem está com curiosidade ou gostava de saber qual o trabalho que me refiro, deixo aqui o link -> Artwork
Nota: Infelizmente deparo-me com este tipo de situações todos os dias, vejo bons artistas a serem roubados, trabalhos a serem falsificados e não é só no mundo da música que isto acontece. São situações desgastantes a nível psicológico e por vezes a nível financeiro, pois os custos de pagar um bom advogado para dar a volta ao mundo connosco e processar todos os que cometem este tipo de crime (sim, porque é um crime) é demasiado dispendioso e nem todos têm possibilidades para tal. O que acontece nestes casos, é um ‘deixa andar’ e a situação acaba por não ficar resolvida…mas o peso cá dentro…esse não desaparece.
Por isso deixo algo para quem quiser reflectir ou para quem já passou por situações idênticas, sejam do mundo da música ou de qualquer outro mundo.
Será muito pedir um pouco de respeito?
Ana Teixeira (Lua Nova),
Cláudia Rocha, Inês Martins e Milene Emídio
19 comentários:
Grande editorial!!
(para quem se queixava que não estava a fluir lol).
Estou a ver que a nossa ida ao IGAC te deu tema ;p
Mas estava aqui a pensar... também nos podem apontar o dedo (às Senhoras do Metal), dado que utilizamos muitas fotos e não citamos fontes...
Esteticamente não vai ficar bonito, mas penso que deviamos começar a incluir (em forma de legenda ou então nota no final dos textos) a fonte onde fomos buscar a imagem utilizada...
Só sugestão, já que estamos no tema ;)
Uma vez mais, muito bom editorial, com um tema que nos toca a todos :)
***
Mi (Lua Cheia)
Sim, apesar de não ser tão grave continua a ser um erro. O ponto a nosso favor é que não estamos a utilizar as mesmas para fins comerciais/lucrativos ;)
Mas sim, concordo plenamente em adicionar todos os devidos créditos a quem nos empresta as fotos...é uma mais valia para nós e para todos :)
Ana (Lua Nova)
Excusado será dizer que concordo plenamente com a ideia dos créditos. Aliás, nós também não queremos que usem os nossos textos sem nos creditarem...
De resto, compreendo perfeitamente o que queres dizer, Ana. Tenho assistido, desde que me comecei a dedicar mais à fotografia, a inúmeros roubos de trabalhos e direitos de autor, principalmente através da rede da Internet que facilita ainda mais os mesmos. Sem dúvida que é revoltante e não custava nada à editora da banda (que suponho ser quem trata dessas coisas em última análise) tem comprado os direitos da dita imagem. Penso que não seria uma coisa por aí além, uma vez que a grande maioria dos artistas são tão mal pagos.
Adorei o editorial. Foi uma perspectiva completamente diferente da nossa, mais voltada para a tua área e é sempre bom aprender estas coisas:) Assim, alcançamos a variedade de escrita que pretendiamos para este nosso projecto. Parabéns!
Beijinhos
Inês (Lua Minguante)
Por falar em trabalho profissional, esperar-se-ia ver, também aqui, um trabalho mais profissional. Um texto é o espelho profissional de um jornalista. Quando um jornalista se junta a uma equipa, o seu texto passa a ser o espelho profissional de toda a equipa, para o bem e para o mal.
Assim sendo, e desconhecendo qual a experiência em contexto de redacção de cada uma das pessoas que aqui está, é preciso apontar para a extrema necessidade de existir alguém que se encarregue de revisão e proof-reading. Existem gralhas neste texto que um simples Copiar/Colar para uma folha do Word com o corrector automático ligado teria conseguido evitar.
Verificam-se também outras tendências insidiosas - o uso de aspas quando se usa uma metáfora (uma não muito bonita forma de chamar burro ao leitor), a falta de itálicos quando se usam palavras estrangeiras e vírgulas esquizofrénicas.
Por fim, o editorial poderia, em primeiro lugar, não ter sido escrito em tom de desabafo pessoal. Porque representa a equipa, por um lado, e porque isso lhe tira a credibilidade, por outro. Em segundo lugar, existem muitas outras questões que ficaram por abordar. Apesar de tecnicamente concordar com o que foi escrito, não valeria a pena a menção a todo o sururu por detrás da legitimidade (ou ilegitimidade) do conceito de propriedade intelectual? Não valeria a pena falar das restrições (e permissões) do copyright - ou, quiçá, do copyleft? Se é apropriado insurgirmo-nos contra os problemas que vemos, tanto mais apropriado será apresentar uma visão holística, completa e abrangente do problema, desconstruindo quaisquer argumentos contra a visão que apoiamos e, no mínimo, abrindo espaço ao debate.
Caro Prometeu,
Muito obrigada pelo seu comentário tão elucidativo e lamento muito que a sua opinião seja de falta de profissionalismo da nossa parte, neste caso da minha parte.
No entanto, deixe-me informá-lo que todo o projecto é gerido por quatro pessoas e essas mesmas quatro pessoas são diferentes e têm uma formação profissional diferente. Logo, não será preciso dizer o resultado de tal, mas dou-lhe uma ajuda.
Se acompanhou todo o projecto desde o início, pode ver que o editorial é o canto em que podemos dar mais liberdade à nossa expressão e darmo-nos a conhecer um pouco mais, não só a nível profissional como também um pouco mais pessoal… É o canto onde podemos ter mais contacto com os leitores do blog, exactamente pelo que referi em cima. Por isso, mais uma vez, lamento que isso para si seja motivo para a falta de profissionalismo.
Abordou a questão dos erros, eu não sei que Word ou que processador de texto utiliza mas o texto passou por três e por três vezes não acusou nenhum erro ortográfico… Perdão, tenho duas faltas de assentos que assim que terminar vou corrigir.
Se por acaso estiver a falar de erros sobre a construção de algumas frases, talvez possa dar-lhe alguma razão, no entanto o texto já vai ser (re)revisto… Se também quiser corrigir alguma coisa esteja à vontade. Melhorar é sempre bom, é para isso que cá estamos e é convosco que contamos. Agradecemos por isso os vossos pontos de vista assim como o tempo que dispensam ao escrevê-los.
Falando das aspas, devo-lhe um pedido de desculpas enorme se isso o ofendeu. Não foi de todo a minha intenção chamar qualquer tipo de nome aos leitores. Vou ter isso em mente no futuro.
Agora por último, e relativamente às questões que, na sua opinião, ficaram por abordar, realmente ficaram e este assunto dá para muitos editoriais. No entanto, a minha intenção era expor este problema, algo que (e agora falo mesmo a nível pessoal e profissional) me incomoda profundamente e acredito que não seja só a mim. Pois para fazer este editorial, ao contrário do que julga, não foi só a minha opinião que contou e que ouvi.
Podia ter falado, sim, de todas as questões que envolve o copyright, até mesmo o GNU ou o CC e todos os seus variantes, mas também acredito que um post muito extenso iria acabar por cansar os leitores e aí a intenção também tinha ficado pela metade. Quiçá, num outro novo editorial, possa voltar a falar sobre isso e então abrir as portas ao debate.
Só lhe queria deixar uma nota. Sei que isto é um projecto, mas como a sua resposta foi dedicada só a mim, também quero dizer que lamento outra coisa: o seu tom...
Sabe que apontar o dedo a um trabalho mal feito é mais fácil do que apontar para um trabalho bem feito. Existem por aqui bons trabalhos e boas abordagens que também mereciam o mesmo tempo ou ainda um tempo maior do que aquele que disponibilizou para o comentário anterior...
Melhores Cumprimentos,
Ana (Lua Nova)
Começo a responder pelo fim.
O meu tom. O meu tom é, de tudo o que eu disse, o mais superficial e acessório. E, ao contrário do que afirma, é bem mais fácil falar bem do que falar mal. Somos todos compelidos a falar bem de um projecto pequeno, arrojado, ou seja-lá-o-que-for. Mas falar mal – ou, na verdade, saber criticar com pés e cabeça – é algo extremamente complexo. Certamente toda a equipa já foi congratulada pelo seu trabalho por muitas outras pessoas, verdade? Pois bem, furto-me então a ser mais uma gota de água a cair no oceano. Prefiro “falar mal”. O resto perde-se por entre o ruído do socialmente requerido.
Ponto seguinte: a resposta não lhe foi pessoalmente dedicada. O “aqui” da minha missiva anterior tinha que ver com o blog como um todo, e falei sempre da importância da equipa, do papel da equipa ou, neste caso, da falta dele.
Outra coisa: a problemática das aspas foi já coisa que infectou de forma nojenta o jornalismo português. É de um incrível mau tom usar aspas para assinalar uma figura de estilo e os editoriais e colunas de opinião que se fizeram já sobre isso davam para encher um livro. Portanto até com os profissionais temos que ter cuidado, e abordar o que fazem de forma crítica.
Agora permitam-me passar à frente pormenores menores e avançar para o cerne da questão. Querem fazer um bom trabalho? Mas um bom trabalho a sério? Não cometam erros amadores. Os pequenos erros, as falhas que parecem minúsculas, são o que mais desacredita um meio de comunicação. Um blog vive da palavra escrita; essa mesma tem que ser impecável. Id est, que não peca. Já tenho acompanhado o projecto desde há bastante tempo e vejo, vez após vez, pequenos/grandes erros que minam o aspecto profissional. Se querem ser bons, tenham para vós os melhores e maiores padrões de qualidade. E aí, lamento, mas as congratulações dos outros são de pouca ajuda. É o feedback negativo que impede que isso aconteça.
Portanto, quando fala da “construção de algumas frases”, não diga que “talvez possa dar alguma razão”. Isso é de uma arrogância extrema. Os erros que existem, neste como noutros posts, são vários e demonstram duas coisas: falta de coesão (pois tem sempre que haver mais do que uma pessoa a rever o mesmo texto – leia-se: uma pessoa que escreve, outras duas que revêem) e falta de domínio da arte da palavra. Qualquer jornalista profissional tem o seu trabalho revisto por duas, às vezes três pessoas. Estão vocês acima disso? Um trabalho profissional é aquele onde os erros realmente grandes se vêem porque os pequenos já não existem, ou são negligenciáveis. Este blog está ainda longe de atingir esse patamar.
Mas que não se diga que me limito a criticar. Aqui está ajuda preciosa. Façam o que aí encontram, e verão a vossa qualidade a melhorar substancialmente.
P. S. – O Word 2007 (Service Pack 1 actualizado, dicionário Pt-pt) aponta, combinando erros ortográficos/de acentuação com erros gramaticais relevantes, sete enganos no texto deste editorial, onde se contam as palavras que deveriam estar em itálico. E o seu próprio comentário ao que eu disse contém pelo menos um erro ortográfico que tenha reparado.
Caro Daniel,
Sei que devemos escutar as críticas e acima de tudo saber aceitá-las, porque é com os erros que aprendemos. Mas sinceramente... os seus comentários causam-me algum desconforto (isto para não utilizar outros termos que poderiam ter tomados como "ofensivos" - e sim, acabei de colocar a expressão entre aspas, como bem reparou!).
Uma pergunta para si: É perfeito? É que sempre ouvi dizer que errar é humano e nós as 4 (e, tanto quanto sei, os nossos 2 colaboradores também) somos humanas... Não acredito que não dê erros de pontuação ou, até mesmo, de ortografia / semântica, etc. Eu tive uma obra corrigida por um professor catedrático de linguística e por mais 3 pessoas que a leram e apreciaram e, no final de tudo isto, ao rever a obra após edição, eu mesma encontrei 3 erros que escaparam à apreciação de 4 pessoas... significa que fiz um mau trabalho? Que as pessoas que me reviram o texto foram ou são menos capazes? Ou terá a culpa sido do professor que afinal não devia leccionar linguística e escrever livros sobre o tema? I wonder...
Penso que a ironia e o sarcasmo não fiquem tão bem entre aspas, é que são figuras que uso com frequência. E as metáforas entre aspas podem ser utilizadas, sim, dado que a escrita jornalística não deve ter grandes floreados... aliás deve ser o mais simples possível ao mesmo tempo que cativante não pela sua forma, mas sim pelo seu conteúdo limpo e claro... E uma metáfora, afinal de contas, é um floreado.
Mas eu sou apenas uma jovem licenciada em Comunição Social, vertente de jornalismo, com uma obra editada pela mesma editora que publicou um livro seu... Que sei eu do mundo??...
Milene Emídio (Lua Cheia)
Não entre pelo termo da arrogância, porque mais arrogante que o meu comentário foi o seu, se acha que o seu tom é “o mais superficial e acessório” então não leve a peito o modo como escrevi…
Afirma que acompanhou o projecto desde o início. Pode até ser o caso, mas pelos vistos não tomou tanta atenção como devia. Ninguém aqui se considera profissional na área. Umas estudam, outras trabalham e como qualquer pessoa que esteja no início de uma carreira ainda tem muito para aprender e muitas críticas para ler.
Se já nasceu ensinado e tem a sorte de não cometer falhas, a única coisa que eu posso fazer é dar-lhe os parabéns por tamanho feito, infelizmente nós aqui erramos e tentamos reparar os erros assim que damos com eles. Mas não se esqueça que até um bom profissional comete gafes e calinadas e muitas vezes só repara quando o trabalho está cá fora, sorte a nossa que o projecto pode ser editado vezes sem conta de modo que tudo esteja limpinho à vista.
Quanto à falta de domínio na arte da palavra, infelizmente não podemos ser prós em tudo, mas mais uma vez se o é, continuo a dar-lhe os parabéns. Não posso escrever como os grandes, mas tento dar a minha contribuição naquilo que posso e sempre pronta a emendar os meus erros.
Este projecto pode ter muito que crescer e muito que melhorar, mas como o povo costuma dizer: Roma e Pavia não se fizeram num dia.
P. S. – Infelizmente eu tenho de me contentar com o Word 2004, mas se quiser passar este texto pelo 2007 e apontar os erros depois diga para que eu possa emendar.
P. S. – Obrigado pelo link, vamos ter em conta a sugestão.
Cumprimentos,
Ana (Lua Nova)
Apontar os meus erros é incorrer num argumentum ad hominem. O facto óbvio de eu cometer erros é completamente inconsequente para o facto de vocês cometerem erros. Nunca falei de perfeição, mas de profissionalismo apenas. Respondendo aos exemplos dados: o profissional faz tudo o que pode para que não existam erros. Eu espero que isso não tenha sido feito em vários textos deste blog, porque os erros são muitos e suscitam - em mim como em qualquer outra pessoa - dúvidas sobre as capacidades máximas de toda a equipa para evitar os ditos erros.
Apontar a origem académica é um argumentum ad verecundiam, ademais tornado mesquinho pela ironia.
Diz o Livro de Estilo do Público: "Aspas [...] Servem também para dar ênfase ou assinalar um sentido figurado — guerra de "irmãos", não se tratando de irmãos de sangue —, mas este recurso só é eficaz se for raro, para além de que a ênfase é dada pela própria força das palavras ou expressões idiomáticas, compreensíveis pelo contexto — Na Mir, suaram as estopinhas para repor em funcionamento o computador central."
Note-se o "raro", que neste editorial - como noutras ocorrências - foi substituído por "regra de escrita".
Mas, para minha infelicidade, voltam a insistir em tentar preservar a vossa honra e os bons costumes de um boa educação pseudo-burguesa e a essa tarefa dedicam bem mais caracteres do que a outra qualquer coisa. Espero sinceramente que vejam que os pontos principais do que eu disse passam pela necessidade de revisão em equipa e de um cuidado semi-paranóico com estilo e ortografia / semântica.
Em relação ao "Editorial Setembro/Outubro (5ª Edição)" acho que concordo, afinal toda a gente merece o mérito do seu trabalho, mesmo que não seja em somas avultadas de dinheiro, casas ou jóias, pelo menos com uma palmadinha nas costas e um “se faz favor”, também se usa. Andar a piratear e a roubar o trabalho dos outros é muito chato e acho que deviam ser todos passados a pente fino (que eu não sei se leva hífen, mas também não me apeteceu ir ver).
Quanto a este rol de comentários uns atrás dos outros, tipo batalha naval, eu acho que ninguém vai afundar nenhum porta-aviões metafórico, mas deixo um aviso à navegação: Senhoras do metal nunca se pode agradar a gregos e a troianos e Prometeu, não leves a mal, “mas és uma beca p’ó chato pá”. Apesar de eventualmente poder concordar com muitas das coisas que disseste, o cariz assertivo das tuas possíveis criticas "menos boas" perdeu-se um pouco neste esmiuçadinho quase fanático e agressivo por um profissionalismo aparentemente inatingível. Cada um segue os seus quadros de referência e eu nem sequer gosto do Público, e apesar de saber que o Correio da Manhã vende melhor o peixe deixa-me sempre deprimido e sobressaltado, portanto prefiro o Diário de Noticias porque dá aqueles cupões para descontar na gasolina.
E se isto estiver semântico/ortograficamente mal escrito não me trucides com um argumento bombástico pá, eu não ganho a vida com a escrita, só a uso para comunicar. Eu até segui o teu conselho e tive a ver isto no Word®, portanto culpa a Microsoft®.
Achei este post magnifico! concordo com tudo o que disseram e sim, é um bom alerta para a realidade que passa pelos nossos olhos hoje em dia!
Afinal este blog não serve apenas para falar do metal no feminino! Estão de parabéns por mais um magnifico editorial!
Ah esqueci-me de acrescentar uma coisa, e peço desculpa pelo post duplo! Toda a linguistica está bem utilizada, não é preciso ser-se um pseudo-intelectual-fala-latim-barato-com-a-mania-que-é-caro, para escrever textos grandiosos e bons como os vossos! continuem o bom trabalho!
A definição que dei, para o que aqui interessa, de profissionalismo, parece-me longe de inatingível. Fora isso, às vezes compensa ser-se chato. Se me dás a maioria da razão naquilo que digo, isso basta-me para estar tranquilo.
E o Público já não é o que era, infelizmente. Mas o Livro de Estilo é de 97/98. ;)
Sem estar a criticar o blog, que me parece sem dúvida bastante bem construído, não posso deixar de apontar que existem de facto erros que são lamentáveis. Podem ser emendados, claro: podem e devem, e qualquer pessoa o deve saber aceitar, mesmo quando isso é desagradável de ouvir.
De qualquer forma, Ménon, não é preciso ser um "pseudo-intelectual-fala-latim-barato-com-a-mania-que-é-caro" para evitar frases com muitas linhas que se tornam confusas e repetitivas... Pelo menos eu não me considero tal, e tento evitá-las.
De qualquer forma, o blog está de facto bastante interessante, e os erros de certeza que podem e serão emendados, bem como esta (parece-me a mim) excessiva susceptibilidade.
Antes de mais, muito obrigada por todos os comentários.
Prometeu, reconheço que temos deixado passar alguns erros e que esta não é, de facto, uma situação desejável. Contudo, a equipa do projecto Senhoras do Metal procurará resolver este problema.
Errar é humano, mas aprender com os erros é evoluir como profissional. Como tal, teremos a tua crítica em consideração e tentaremos melhorar.
Cláudia Rocha
Mais um editorial, mais polémica, mais participação:)
Agradeço, em nome da equipa, todos os vossos comentários, são muito importantes para este blog e esta equipa que está a aprender a fazer as coisas e que está a aprender, também, com os seus próprios erros.
Até agora temos recebido, no geral, comentários positivos, de apoio, de incentivo e eles têem sido essenciais para este nosso trabalho e um facto central na nossa motivação. Mas, como aprendi recentemente, os comentários negativos são tão importantes como os positivos.
Não deixo, portanto, de agradecer os comentários do Prometeu e da Sophia que vão, com certeza, ajudar-nos a melhorar o que fazemos aqui. Agradeço também aos mesmos, que e se, encontrarem neste mesmo espaço um artigo do vosso agrado, nos deixem saber que gostaram, uma vez que isso também é importante para nós. Como alguém aqui disse, não só é importante criticar negativamente, mas também apoiar positivamente as coisas que se fazem. É isso que esperamos de todas as pessoas que se deram aqui ao trabalho de tirar tempo do seu dia para comentar o que escrevemos.
Inês (Lua Minguante)
Bem... Isto é que é uma discussão. Antes de mais deixem-me apresentar desde já as minhas desculpas se a minha forma de escrever não é a mais correcta ou se dou muitos erros de ortografia, mas a verdade é que sempre fui um rapaz mais ligado às ciências naturais do que propriamente às letras. cada um de nós (quer na equipa, quer nos leitores) tem o seu interesse pessoal e, deixem-me que diga, que o meu não é DE TODO a escrita... Aliás, posso dizer que sou um leitor assíduo, mas no que toca a escrita, tirando relatórios de aulas práticas de zoologia, botânica e química, pouco mais escrevo. É evidente que se calhar deveria escrever melhor do que na realidade escrevo, mas o que se passa é que, para mim que sou de ciências, é mais importante fazer passar a mensagem do que escrevê-la com grande erudição. Outro aspecto que se prende com fazer passar a mensagem é o facto de alguém que eu não vou aqui referir pois já todos nós sabemos quem é, ter a mania de usar expressões em latim. Ora, eu a única coisa que sei de latim são um punhado de nomes científicos de animais e plantas, como tal, peço à pessoa que utilizou tais expressões que me ilumine nesse aspecto.
Outra coisa, nem todos nós temos o Word 2007 (eu, por exemplo, como tenho a mania de querer ser anti-sistema, uso o Open Office), além do mais, já vi todas as versões do Word da Microsoft darem grandes calinadas, entre as quais o facto de não reconhecer a palavra "nucleicos" quando falamos em "ácidos nucleicos" (bolas, as malfadadas aspas).
Outra, há aqui alguém que gosta de dizer que escreve muito bem, mas devo dizer que foi A PRIMEIRA VEZ que vi a expressão "seja lá o que for" escrita com hífens lá pelo meio... (Não digo que esteja incorrecto, mas foi a primeira vez que o vi).
Quanto à parte da educação pseudo-burguesa, deixem-me que diga que tal expressão me incomoda (para não dizer que me enoja). Eu nunca tive manias de pseudo-burguês, aliás, são pessoas com as quais eu faço os possíveis por não me dar, entre outras razões, pela sua forma de ver o mundo e a vida (peço desculpa, mas não posso negar as minhas origens esquerdistas).
É verdade que somos capazes de dar bastantes calinadas, mas ainda assim, creio que, neste blog, as qualidades são suficientes para tapar esses buracos e permitirem à maioria das pessoas fazer um balanço positivo sobre o nosso trabalho. Eu sei que sou um arrogante do caraças quando levantam um dedo contra a minha opinião, ideias ou acções, mas ainda assim, sei reconhecer quando erro e agradeço as críticas mas só quando elas são construtivas e apresentadas com o mínimo de simpatia; Quando o contrário se passa, apetece-me mandar quem as proferiu para certas partes da anatomia humana que não vou referir aqui por isto se tratar de um blog de respeito. Acho que "criticar" e "mandar vir" são coisas diferentes.
Outro aspecto que gostava de salientar é o seguinte: Devemos sempre aperfeiçoar-nos mas, há uma dada altura em que é impossível aperfeiçoar mais e, meu amigo, visto apresentares um nome que figura na mitologia grega, creio que sabes o que é que aconteceu a Ícaro quando se lembrou de fazer umas asas. Temos que ter sempre a preocupação de melhorar, mas nunca conseguiremos atingir a perfeição e, como eu disse anteriormente, temos mais que fazer. Quero com isto dizer apenas que temos todos interesses pessoais e ocupações diferentes, se vieres comigo falar sobre o ciclo de vida da lagarta da couve, ou sobre os estádios (sim estádios é a palavra correcta em biologia) de desenvolvimento de um tritão, ou comportamentos de caça de aves de rapina ou "seja-la-o-que-for" dentro da minha área, também não vais gostar que eu fale contigo com esse tom arrogantemente nojento que dá vontade de desatar ao estalo...
Peço desculpa por eventuais ofensas proferidas. Limitei-me a fazer passar a mensagem sem um pingo de preocupação, quer pela integridade psicológica das pessoas, quer pela forma como escrevi
#se vieres ter comigo (peço desculpa, na escrita do comment faltou-me o "ter")
Eu também gostei deste editorial. Eu não fazia ideia que fosse essa banda. Este álbum na minha opinião não é grande coisa (gostei muito primeiro álbum deles)agora para piorar o designer faz um cenas destas.
Quanto aos erros toda gente os faz, vemos isso nos profissionais de jornalismo, em livros, jornais, lideres de políticos, professores por ai fora...
Karel
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