quarta-feira, 1 de outubro de 2008

REVIEW - Darkside of Innocence + Insaniae - 26.09.08 - Man's Ruin, Cacilhas





Finais de Setembro, três elementos da nossa equipa deslocaram-se até ao Man's Ruin (ex Culto Bar), em Cacilhas, para ver ao vivo três bandas do panorama underground nacional, Darkside of Innocence, Insaniae e Gwydyon, e um colectivo britânico, de seu nome Ravenage.

Centremo-nos, para já, nos Darkside of Innocence pois, além de terem uma vocalista, foram a primeira banda a subir ao palco nesta noite de sexta-feira à beira-rio.
Os Darkside of Innocence são uma banda de black/death metal sinfónico que a pouco e pouco se tem vindo a afirmar como uma das grandes bandas dentro do panorama underground português, mesmo apesar da tenra idade dos seus membros.

Ao fim de algum tempo de atraso, os Darkside of Innocence entraram em palco e logo agarraram o pequeno e animado público com a poderosa Angel of Sin. Cedo se percebeu que este seria um grande concerto, devido à excelente qualidade do som e ao facto de podermos ter todos os elementos (incluindo o teclista e, ainda, a vocalista feminina) em palco. O desfile de músicas continuou sempre com uma bela adesão da parte do público amistoso, que não se poupou a comentários brincalhões respondidos à letra pelo vocalista principal Pedro Bruno, com a boa disposição que caracteriza qualquer um dos elementos do colectivo.



A Angel of Sin seguiu-se An impending commence for decay e, posteriormente, To her Spawn in full submission na qual a vocalista Cátia Marques brindou o público com um registo gutural digno de nota, embora a mesma afirme que não é a sua especialidade. Seguiu-se The eve to a colder epoch e Of a cursed dawn eclipsed. Por fim, para grande êxtase de muitos e um sabor amargo para alguns, foram tocados os primeiros acordes da música final, o “hino” dos Darkside of Innocence, Bloody Mistress que, provocou, como já era de esperar, muito headbanging, um moshpit e muitos, muitos sorrisos na cara dos presentes que, inclusivamente, a cantaram em coro.

Foi uma actuação fabulosa por parte do hepteto português, em que todos os elementos mostraram grandes qualidades no desempenho da sua função. André Reis e Paulo Roque imparáveis nas guitarras (o último chegou mesmo a tocar um solo de improviso a pedido do público); João Arcanjo provou (mais uma vez) ser um baixista irrepreensível; o baterista Pedro Bandeira mostrou que, no que toca a técnica, a idade não conta; o vocalista Pedro Bruno, mais uma vez, rebentou os tímpanos a quem se encontrava próximo das colunas; o teclista Pedro Antunes é um grande músico e fez questão de o mostrar (ele e o técnico de som, pois o timbre do teclado e dos restantes instrumentos chegou aos ouvidos do público nas proporções correctas) e, por fim, a Senhora do Metal Cátia Marques, provou ter muitas qualidades como vocalista, quer em registo melódico, quer em registo gutural.



Aos Darkside of Innocence seguiram-se os Insaniae. Esta banda é seguramente capaz de dar um concerto melhor do que aquele a que assistimos... Não que a culpa seja da Senhora do Metal Isabel Cristina ou de qualquer um dos outros elementos da banda. Simplesmente, na minha opinião, creio que colocar uma banda de doom metal no meio de tantas bandas muito mais agressivas não é propriamente bom para o espectáculo. O doom tem uma sonoridade mais lenta e arrastada e, como tal, deve ser ouvido e apreciado em separado. O que aconteceu foi que houve uma grande quebra de intensidade na passagem de uma banda para a outra, o que fez com que muito do público desligasse completamente do que estava a ver e, inclusivamente, viesse até cá fora... Ficamos portanto à espera de um concerto melhor dos Insaniae, que de certeza são capazes de oferecer uma experiência interessante, desde que seja entre as bandas certas e os apreciadores do género.


Myspace Darkside of Innocence

Myspace Insaniae

Texto - Sérgio Almeida (Cronos)

Fotografia - Inês Martins (Lua Minguante)

6 comentários:

Anónimo disse...

Que piadão... Toda a gente teceu rasgados elogios à minha review mas comentar, tá quieto xD LOL

Anónimo disse...

Gostei da review apesar de que podias ter sido mais sincero em relação ao som, eu estive presente e tive tanto há frente como a trás e fiz o favor de ver como estavam ligadas as coisas e mesmo assim..
Diga-se que foi feito as 3 pancadas quase como que areia para os olhos, monições mal ligadas mau equilíbrio do som do teclado apartir da segunda musica (falo de DOI porque conheço bastante bem o som!) e posso mesmo a segurar que se não fosse os guitarristas a saberem bem o que faziam havia graves problemas pois nenhuma monição das que estavam a frente estavam ligadas.. São músicos experientes que souberam lidar com a situação.

Aparte do técnico de som não ter sido de grande valia a review está boa aparte de não ter ouvido growl nenhum vindo da vocals..

Anónimo disse...

Não ouviste? Pois eu ouvi... E não só ouvi como falei com ela posteriormente sobre isso.
Quanto à qualidade de som, os instrumentos ouviam-se todos bem definidos (pelo menos cá atrás). Mesmo os próprios DOI afirmaram que o som estava muito bom, principalmente quando comparado com os concertos anteriores, particularmente o último no Rock in Chiado e no Transmission

Anónimo disse...

Antes de mais parabéns pela review. Estive no concerto e penso que esta review elucida muito bem quem lá não pode estar :)

Por outro lado, de facto a Cátia, vocalista dos DOI, utilizou o registo gutural nomedamente na música "To her Spawn in Full Submission" :)

Mais uma vez parabéns pela review e pelo blog em geral pelo apoio ao metal nacional que nunca é demais:)

Beijinhos à equipa
Amorosa

Anónimo disse...

bem enquanto a voz dela pode sim, só que posso ter uma diferente noção growl que a vossa, opiniões à parte, não duvido que possa ter feito mas se foi ao "nivel" (tom) da voz do pedro então é normal que não repara-se porque o pedro bruno tem um registo vocal bastante agudo..

passando a frente, não disse que não esteja tudo definido, estava era em excesso lool parecendo que não mas só se consegue ter uma noção do trabalho cá atrás é por isso que estavas a ouvir melhor, mas se o som estiver bom em cima de palco quem está lá a frente tem uma noção do som um pouco melhor, mas em cima do palco mal havia som..
e se queres comparar sons então basta recuar ao muralhas em que não foi nada ao lado deste, sei bem o quão bom o concerto foi e eu gostei imenso do concerto não digo que não, mas com as condições que tinham o técnico podia ter feito ainda melhor! porque lá a frente e pelo menos até a meio o piano só existiu em uma ou outra intro!
enfim..
Próximo deles é dia 15 na casa de lafões a ver como corre :3


ps.: por mera curiosidade vim ver o blog, porque não estava a espera de resposta assim lol x:

Anónimo disse...

É óbvio que não foram growls tão agudos como os do Pedro, mas ainda assim foram surpreendentes. Mais uma vez refiro que apenas falei do som cá em baixo e não em cima do palco. Não estive em cima do palco para ver como estava. Acredito que estivesse muito mau (aliás, o PB no final andou a perguntar a toda a gente o que tinha achado do som, porque eles não tinam ouvido nada) mas a verdade é que, na "plateia" o som estava muito bom...

Dia 15 de Novembro lá estaremos novamente... Eu pelo menos xD